Revisitar o blog é revisitar o passado. Alguns questionamentos, algumas ânsias. Esses dias, por acaso, acabei assistindo outro Bergman: O Sétimo Selo. Sublime. É praticamente existencial, pois trata de vida e morte, Deus ou ateísmo. Como é permeado por questões atemporais, sempre será atual. A chegada da peste e aqueles que buscam a salvação de Deus através da penitência. A morte sempre à espreita. Um jogo com a morte. Muitas dúvidas, ninguém para responder.
Já tive uma fase mais pensativa sobre o caso, creio que nos meus 18 anos – 2006. Na época comprei o livro Intermitências da Morte, de José Saramago, para tentar lidar melhor com isso. Depois da leitura os pensamentos arrefeceram. Saramago me consolou. A morte é não só inevitável, como desejada. Mas para os outros, nunca para os nossos.
Mesmo se Jöns e Antonius tivessem lido Saramago, não estariam tranquilos. Para além do sentido da morte, buscavam o sentido da vida. Ironicamente, Antonius ao jogar xadrez com a Morte esperava dela respostas sobre a vida. Infelizmente, a Morte não portava resposta alguma.
Para além das questões do filme, certamente fiquei prestando atenção no idioma, que aos poucos se esvai da minha memória. Próximos filmes a ver serão, creio, “Persona” e “Fanny och Alexander”. Ainda ano passado – acho! – vi “Vi är bäst”, Nós Somos as Melhores. Bateu uma saudade, principalmente por aparecerem mais cenas de Estocolmo.
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